arvores

Feb. 20th, 2025 01:14 pm
persli: (Default)
me deparei com um desenho rápido de um salgueiro que fiz semana passada em um quadro branco compartilhado do google.
gostaria de anexar a imagem aqui mas estou com muita preguiça.

acabei me lembrando que eu sempre tive uma insegurança besta desde que era criança, porque não conseguia desenhar galhos bem. minha melhor amiga sempre desenhou árvores muito bem, mesmo sem treinar.

eu sinto que tudo que faço na vida eu preciso treinar milhares de vezes até que fique no mínimo aceitável, então sempre invejei muito essa habilidade.

por exemplo agora, enquanto escrevo isso. preciso me esforçar muito pra respirar com calma.

é uma insegurança que só uma pessoa que pensa em excesso como eu poderia ter. com galhos. com árvores. com desenhos idiotas.

é uma mágoa que só alguém egoísta e mesquinha como eu poderia nutrir.

sou capaz de estragar até mesmo algo bonito e inocente como as árvores com minha obssessão incurável por mim mesma.

prisma

Feb. 5th, 2025 09:04 pm
persli: (Default)
queria postar algo profundo aqui, mas tô com preguiça então vou informar que tô assistindo sonic prime e que provavelmente se tornou minha serie de conforto. um dia faço minhas amigas assistirem, eu acho.
 
 
 
 
 
 
persli: (pic#)
estou pensando em trancar o curso de literatura e fazer artes.
eu tô maluca? 
não precisa responder, eu sei que eu tô.
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
persli: (Default)
 
 
 
Recebi uma notificação com essa mensagem hoje, e soltei uma risada amarga antes que pudesse evitar.

Ele não me ligou de volta. Qual falha minha foi a responsável dessa vez?

Mas não tenho tempo para lamentar. Ninguém está lamentando aqui. 

Sempre pensei que minhas angústias fossem fictícias, e as pessoas a minha volta confirmaram isso mais de uma vez. 

Se eu inventei meu sofrimento, posso desinventá-lo, não é?

Passar um mês em casa, mal vendo a cor do céu ou as vozes das outras pessoas é típico de mim. Mas precisa mesmo ser?

Eu preciso ser miserável? Tomar tudo isso como um destino inescapável não seria apenas covardia pura? 

Eu não sei falar as vezes. Eu quero que algo saia mas me sinto como um daqueles brinquedos movidos a baterias com pilhas fracas.

Nada disso é proposital, mas talvez pareça pra quem vê de fora?

Ser rejeitada uma, duas, três e dez vezes é só parte da vida, mas não consigo deixar de pensar que há algo de errado comigo. Algo incapaz de ser consertado. 

Você pode me culpar por procurar arco-íris? Talvez você só não queira que eu acabe como Ícaro.

Você está certa. Eu estou errada. Sempre foi assim, desde meus primeiros passos. Quando eu não sabia o que era ódio, ou dor, ou amor. E que todos esses sentimentos podem se tornar indistinguíveis entre si quando você pensa demais.

Não persiga mais arco-íris, eles dizem. Tudo bem. 

 
 
 
 
persli: (Default)
 
 
 
 
Entrevista de emprego amanhã, sim! *finge que não chorou 2 horas por causa disso.*

Minhas aulas vão retornar em alguns dias, tchau tchau Pinheiros, olá de novo Pinheiros. Mal tive tempo de sentir saudades de vocês.

Se eu soubesse que o fato de eu querer morrer a deixaria tão triste, teria me drogado com algo bem pesado ou bebido vinho, pois não sei fingir que estou bem, e esses talvez sejam os únicos métodos eficazes nesse caso.

Eu não sei mesmo fingir, se eu soubesse, nunca que deixaria você saber o quanto desejo a morte na maioria dos dias.

Não importa se sei fingir ou não. Eu não serei mais triste. E não importa também que isso seja algo do qual não tenho controle, porque minha força de vontade há de prevalecer.

Por isso eu nunca mais vou dizer algo negativo sobre mim mesma em voz alta.

Você até marcou uma consulta com um terapeuta sem eu saber.

Droga, eu meio que me sinto uma pessoa horrível agora por ter te preocupado.



fantasma

May. 10th, 2024 05:54 pm
persli: (Default)
Quando você não tem muitas pessoas próximas de você, emocionalmente, ou pelo menos intectualmente, sextas-feiras como essa podem parecer bastante solitárias.
Muitas vezes me senti sem propósito, e senti que minha felicidade dependia muito do que as outras pessoas me davam. Eu ainda me sinto um pouco assim, na verdade.
Alguns anos atrás, eu nunca me importei realmente em ter poucos amigos. Eu estava satisfeita com todo o resto, ou talvez eu não estivesse tanto assim, mas você sabe, a lente nostálgica que costumo colocar quando olho para trás me prega esse tipo de peça.
Eu estava me divertindo um pouco, mas em que momento aquela menina caiu do palco e eu não notei? Foi culpa minha? Talvez eu tivesse que ter feito algo de diferente.
Alguns dias quero chorar por causa da solidão. Eu preciso ficar me lembrando que eu sou legalmente adulta agora. Mas na minha mente, eu não poderia ser mais infantil. Despreparada, e desesperada por qualquer forma de afeto que seja capaz de encontrar.
Em meio ao meu anseio em ser produtiva, útil, funcional, acabo caindo em um vazio onde fico deitada na cama o dia todo, sem sentir nada, e sempre que penso em fazer algo divertido lembro que não tenho amigos para isso.
Nessas ocasiões, é difícil não colocar a culpa em sí mesmo.
Olhar ao redor e se perguntar o que falta, o que os outros tem que eu não tenho e por que eu não tenho?
Me sinto um fantasma errante, que as pessoas nem se incomodam em dirigir a palavra, nem mesmo meu pai, sempre falando sobre mim com os outros, mesmo quando eu estou na sala. Me ignorando.
Fazendo piada sobre "o quanto eu sou falante" como se ele não tivesse me julgado a vida inteira sempre que eu abria a boca.
Alguém que ninguém nota pelos corredores. (Talvez parcela da culpa seja minha por rastejar pelas sombras como um cobra quando estou ao ar livre, como se um único raio de sol pudesse me carbonizar inteira caso entrasse em contato com a minha pele.)
Eu amo as ruas de paralelepípedos, mas agora sempre que penso nelas tenho vontade de chorar. de morrer.
As pinhas são verdadeiramente lindas na teoria,as pinhas não precisam dar explicações o tempo todo. As pinhas não tem que se provar. Elas cheiram bem, caem de galhos altos e são poéticas. Se eu pudesse ser uma árvore, com certeza seria um Pinheiro.
Eu estive tão perto de desistir das ruas de paralelepípedos, dos pinheiros, das vozes de pessoas.
Eu quase desisti, lá no início. Talvez eu ainda pense em desisti.
Mas se fizesse, como os olharia na cara? Como eu viveria sabendo que poderia ter seguido outro caminho?
E como vivo sabendo que sou um fantasma na vida de todas as pessoas, incluindo a minha própria.
Se é que ainda existe algo de vivo aqui.
Tudo isso começou porque choveu, e eu não consegui parar de pensar em me distrair com alguma coisa, e lembrei que estava sozinha.
Qual será meu caso não resolvido?

saudações

May. 2nd, 2024 01:52 pm
persli: (Default)
Este é o meu primeiro post nesse site. Ainda não sei direito como funciona, e nem sei se vou seguir publicando aqui, no entanto, queria dizer um oi e explicar o que eu pretendo escrever aqui.
Bem, eu gosto de escrever. Talvez eu não seja a melhor nisso (com certeza não sou) porém é uma das poucas armas que tenho.
Como toda arte, a escrita me encanta, e eu adoro examinar as obras que leio como um médico realizando uma autópsia, ou um cientista louco experimentando diferentes fórmulas. É o que eu amo fazer.
Aqui, pretendo falar sobre obras que me interessam, sobre meus próprios projetos e o que me der na telha.
Chamo esse blog de "Cabine do Fantasma" pois minha mente também gosta de me pregar peças e ilusões.
Tudo é um mistério que quero tentar desvendar aqui.

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papoula

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